Quando eu era muito pequenina (digo eu cá
do alto do meu metro e meio de altura), há bem mais de 50 anos, a minha
mãe tinha um porta-moedas que eu ADORAVA!
Uma ocasião perguntei-lhe se,
quando eu fosse crescida e já trabalhasse, eu lhe pudesse comprar um
porta-moedas ela me dava aquele. "Negócio" feito, se eu já gostava do
dito, daí para a frente passei a olhá-lo como metade que já me
pertencia. Sim, metade, faltava a minha parte do acordo.
Algum tempo
depois a minha mãe perdeu o objecto que eu tanto adorava! Chorei e tudo!
Já crescida ainda procurei em lojas na Baixa se alguma tinha um
exemplar daqueles. Sem sucesso.
Há uns tempos atrás (penso que foi este
ano) ao passar num stand, numa feira de artesanato, qual não é o meu
espanto quando O vejo ali! a olhar para mim! lindo de morrer! A minha
cabeça recuou carradas de anos (quase até às fraldas)! Fiquei num misto
de feliz, tolinha, etc.
O da minha mãe era de pele de carneira. Estes são
em burel, bem portugueses, adquiridos aqui
e são uma boa lembrança para oferecer no Natal que se aproxima a passos largos